RSS

segunda-feira, 20 de julho de 2009

AURORA - Fanfic Twilight Saga

Pra quem não sabe, sou fã da série 'Crepúsculo' da autora Stephenie Meyer, pensando nisso resolvi escrever uma fanfic, já que tem tantas rolando por aí, com inúmeras versões de futuros e passados para os fatos citados no livro, resolvi fazer a minha visão de um futuro, baseado em uma questão muito comentada: a existência, ou não, de almas nos vampiros.

Essa história foge um pouco da história padrão, ou melhor, foge um bocado, já que ela se passa uns bons cem anos a frente. É bem curta, tanto em quantidade de capítulos, quanto no tamanho destes, então vai ser bem rápido, por isso vou postar um capítulo a cada dois dias, mais, ou menos...

Isso não muda muita coisa, já que ninguém ta entrando aqui ainda... auhauah... mas mesmo assim, vou postar aos poucos...

É isso aí... Fiquem com: "Aurora"

Capítulo 1

Sonhos e Pesadelos

O despertador tocou mais cedo naquela manhã, notei no simples ato de acordar, normalmente meus sonhos não eram interrompidos, eles tinham hora para terminar e o despertador só tocava depois. Mas naquele dia parecia que tinha sido burrice ter adiantado o horário em quarenta minutos e eu nem ao menos lembrava porque havia feito isso. Quando olhei o rádiorelógio ao lado da cama, percebi pela data que era 13 de março e entendi imediatamente. Era o meu aniversário.

‘Ok’, mas isso não mudava nada, eu havia interrompido o sonho e o daquela noite parecia realmente importante e inédito. Peguei o diário e a caneta na mesa de cabeceira, voltei à posição inicial (algo que sabia que ajudava a recordar os sonhos) e me concentrei no que eu ainda era capaz de lembrar...

Lá estava eu, ou melhor, aquela garota que se parecia muito comigo, mas era absurdamente linda. Não, não era eu. Eu era extremamente comum, uma garota que você encontra em qualquer colegial por aí. Ela não, ela era belíssima, todos os traços perfeitos, o contorno do corpo, enfim, uma garota realmente encantadora, mas que estranhamente se parecia muito comigo, a não ser por seus grandes olhos dourados.

Ela provavelmente seria a Annie que eu gostaria de ser, a garota que atrairia um cara como aquele, o único deles de quem eu não sabia o nome, o rapaz alto e forte, de cabelo um pouco ruivo e totalmente desordenado, com os mesmos olhos dourados e intensos que aquele ‘eu’ tinha.

Todas as noites eu sonhava com eles. Às vezes era o rapaz, às vezes a baixinha morena, Alice, ou o alto e forte, Emmett, o loiro e sério, Jasper, a loira fenomenal, Rosalie, ou o galã compenetrado, Carlisle com a mulher formosa e simpática, Esme, aquela pequena menina, Renesmee e o mais diferente de todos, moreno, alto e forte, Jacob. Desde quando eu era capaz de recordar eles habitavam os meus sonhos, sozinhos ou juntos, eles estavam lá, falando ‘comigo’, rindo ‘comigo’ ou simplesmente convivendo ‘comigo’.

Eles eram diferentes e únicos, mas aos poucos fui os conhecendo, pouco a pouco descobrindo seus nomes, suas feições, seus gostos e suas histórias. Eles eram reais para mim e eram os rostos deles que decoravam as paredes do meu quarto. A única coisa que eu sabia fazer era desenhar e isso era realmente a minha salvação, porque só assim eu podia tentar reproduzir suas faces perfeitas e tentar entender o que eles queriam de mim.

Meus pais, como eu, foram obcecados por eles. Eles não entendiam e no começo não davam atenção, mas quando a sua filha de cinco anos começa a falar de pessoas que ninguém nunca viu, com a determinação de quem realmente havia se encontrado com eles na hora anterior, e todos os dias, você resolve querer investigar. E foi assim que tudo começou... nossa aventura pelo país.

Eu nasci no Arizona, mas vivi pouco tempo por lá, depois que os sonhos ou pesadelos se tornaram frequentes, meu pai, que era historiador e minha mãe, escritora, resolveram procurar uma resposta, e assim, saímos em viajem eterna pelos Estados Unidos. Eu teria orgulho, se não tivesse raiva, de dizer que conhecia em meus 17 anos, recém completos, mais cidades do que a maioria dos americanos conheceriam em toda a sua vida toda.

As viagens eram inúmeras e incansáveis, investigação sobre os nomes, as características, os rostos, tudo que tínhamos de informação, o que no começo era pouco. Raríssimas vezes um ou outro cidadão das cidades, muitas vezes idosos, haviam ouvido falar ou visto pessoas parecidas com as características dos meus personagens, os momentos em que eu podia crer que não era uma desequilibrada.

Os desenhos, que comecei fazer aos 11 anos, ajudavam um pouco e começamos a perceber que em alguns lugares, ao norte do país, alguém já os tinha visto. Meus pais estavam realmente empolgados e assustados ao mesmo tempo, mas eles tinham esperança de que encontrariam uma resposta para tudo aquilo. Que espécie de resposta seria essa, ninguém sabia e nem gostava de imaginar.

Foi no meio de aventuras, de residência curta, poucos amigos, dificuldade de adaptação nas escolas e tantas outras coisas que não convém dizer, que chegamos a Forks, no estado de Washington. A cidade mais úmida que já vira na vida e provavelmente uma das mais tediosas, se não fosse o fato, de que desde a primeira noite dormida naquele lugar, meus sonhos só fizeram aumentar e ficar mais nítidos.

Com toda a empolgação das informações chegando rápido demais foi que as coisas desandaram. A essa altura, embora toda a minha curiosidade me remoesse por dentro, eu já estava cansada de tudo aquilo. Parecia ridículo demais percorrer um país com aproximadamente trezentos milhões de pessoas por causa dos sonhos de uma adolescente.

Porém como pessoas obstinadas que eram meus pais não desistiram, continuaram atrás e chegaram a um nome: Jéssica Newton, uma senhorinha viúva de mais de cem anos de idade que vivia em Seattle. Sua bisneta, uma mulher muito simpática, dissera que os avós lhe contaram algumas histórias sobre alguém com nomes e características semelhantes e lhes dera o endereço da velha senhora.

Foi em um dia de muito frio, em que a neve havia tomado conta de tudo, que meus pais me deixaram na escola pela manhã com mais uma promessa de que dessa vez encontrariam a resposta para tudo isso. Foi a última vez que os vi. Um caminhão perdeu o controle na estrada escorregadia e eles não sobreviveram.

Eu continuei vivendo no quarto de aluguel que estávamos na época do acidente, em cima de uma loja de doces. Meu pai havia deixado um bom dinheiro que restara da herança de meu avô, dinheiro que custeara todas as nossas aventuras, minha mãe certa vez havia tido a brilhante idéia de me emancipar, o que me poupou ter que viver em um orfanato até a maioridade, já que eu não tinha nenhum parente próximo.

Nos primeiros seis meses após a morte dos meus pais eu desistira de tudo. Rasgara e ateara fogo em todas as anotações, desenhos, informações que havíamos recolhido. Procurava ficar acordada até muito tarde para que o cansaço me impedisse de sonhar, mas isto não adiantou, só prejudicou o meu rendimento escolar, o que significava que eles podiam recorrer a algum instituto de menor e tentar cancelar o documento que dizia que eu podia cuidar de mim mesma.

Depois desse tempo de reclusão, que não sei por que incluiu o fato de que eu não tinha a mínima vontade de deixar Forks, um lugar que eu detestava por tudo que me tinha tirado, eu resolvi que se meus pais haviam vivido e morrido por aquela causa e que eu também viveria, e morreria, se fosse necessário.

Refiz todas as anotações que me recordava, voltei a anotar os sonhos, os redesenhei e espalhei por minhas paredes. Quando encontrei Grace Newton, para saber de sua bisavó, soube que a senhora morrera à apenas três semanas, uma morte natural e sem sofrimento, durante o sono, como achava que deveria ser com todos nós.

A notícia da morte da velha senhora me deixou enfurecida comigo mesma, se eu não tivesse tido um ataque de infantilidade e rebeldia adolescente eu poderia ter informações suficientes para encontrar aquelas pessoas. Eu havia deixado passar uma informação de ouro por uma birra! Se eu ao menos tivesse acordado três semanas antes...

Bem, mas já era tarde demais para me lamentar pelo meu erro e eu voltara as buscas, isso já fazia um ano agora. Todas as informações que eu tinha, incluindo os sonhos, que na maioria já sabia décor, incluíam mais de trezentas páginas, mas havia uma única e pequena informação que não estava presente em absolutamente nenhuma linha, uma informação que meus pais nunca vieram a saber: vampiros.

Este era um segredo só meu, que eu nunca tivera coragem de verbalizar, escrever e muitas vezes evitava pensar. Já era horrível e estranho demais conhecer pessoas que eu nunca vira, o suficiente para ser internada em um manicômio e ter a chave jogada a quatrocentos metros de profundidade, se eu ousasse admitir, que aqueles habitantes dos meus sonhos, se diziam e agiam como vampiros, eu mesma era capaz de me internar.

É claro que como minha vida era um campo minado, essa não era a única bomba, deveria haver algum fato para que o rapaz moreno, Jacob, fosse diferente dos outros, e a resposta que eu via em meus sonhos era tão cabível e explicável quanto a anterior, ele era um lobisomem.

No entanto, nenhuma informação que eu tinha era o suficiente para me fazer recordar do sonho daquela manhã, a tempos os sonhos eram repetidos e eu não recebia nada novo, por isso colocara o despertador para mais cedo, mas dessa vez eu não só perdera, como não era capaz de me lembrar de nada. Eu só via a ‘Annie dos meus sonhos’, o ‘Adonis de pedra’ e a clareira já muito familiar, mas nenhuma palavra me vinha a cabeça, e eu estava perdendo os minutos pelo qual me adiantara.

Levantei a contragosto, me troquei as pressas, tomei uma tigela de cereal, juntei o material da escola, o diário para o caso de me lembrar de mais alguma informação e desci.



Bem, ta aí... espero que gostem! Depois de amanhã eu coloco mais um pouquinho...

2 comentários:

Anônimo disse...

Gooooostei mto dessa fic... não há outros capitulos?

E parabéns a autora!

Rafa Gil disse...

Os outros capítulos estão postados no Blog, só não o último, já que ninguém na verdade estava lendo... eu acho, pelo menos...
Quem é?? pq Anônimo?? (João?!?! Se não, desculpa...)
E obrigada...
Se gostar, eu posto o último capítulo!

Postar um comentário